JOSÉ PORTUGAL RAMALHO
José nasceu em Maceió no dia 5 de fevereiro de 1895, às 4 horas da tarde na Rua Nova e, além de posteriormente se destacar como militar, quando jovem circulou entre a intelectualidade alagoana escrevendo poesias. .
Trabalhou como Conferente da Alfândega Provincial e foi tratado em alguns jornais da época como General de Brigada da Reserva Remunerada do Exército, indicando que tinha proeminência na sociedade local.
Espírito culto e retraído, ficou inteiramente afastado da vida literária da província, na sua modesta vivenda, cercado de seus livros, amando ainda do seu Ronsard e o seu Vicente de Carvalho.
José Portugal Ramalho faleceu em João Pessoa, na Paraíba, às 3 horas da tarde do dia 12 de março de 1973, no prédio de nº 52 da rua Maximiano Chaves, vítima de infarto do miocárdio. Foi sepultado no Cemitério da Boa Sentença.
O general Portugal Ramalho foi homenageado em 1975 pelo prefeito Dilton Simões, passando a denominar “a rua situada entre a Estrada da Serraria e a do Sossego no Conjunto Residencial Nova Esperança, nesta capital”, por determinação da Lei nº 2.183 de 10 de abril de 1975.
AVELAR, Romeu de. Coletânea de poetas alagoanos. Rio de Janeiro: Edições Minerva, 1959. 286 p. ilus. 15,5x23 cm. Exemplar encadernado. Bibl. Antonio Miranda
INSÂNIA
Aquela estrela mais bonita, aquela
Lamparina do céu cobiçava .
“Menino, tolo —minha mãe ralhava —
Agora deu para querer a estrela!”
E cada vez eu mais me obstinava
Na minha insânia inconsequente e bela.
“Não deseje o impossível, meu doidela”:
Gracejando, Mamãe me aconselhava.
Hoje, de faces enrugadas , velho
—Ó minha mães que estais no Céu, Mãezinha! —
Porfio em não seguir o teu conselho.
Meu amor da demência me avizinha;
Ao menino de outrora me aconselho,
Quero a mulher que nunca há de ser minha.
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Página publicada em junho de 2021
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